2025 é o ano do ouro caro e do dólar barato; saiba o pódio dos investimentos
Metal precioso se valoriza quase +30% no ano, ao passo que o dólar tem a maior queda anual desde 2016.
O mercado financeiro entra nesta semana já de olho na Super Quarta. Afinal, a expectativa é de que o tão aguardado corte dos juros americanos se concretize e que pistas sobre o rumo da Selic venham à tona. Contudo, outros dados da economia brasileira também serão divulgados nos próximos dias. Veja o que vai movimentar a semana no mercado:
O Fed (Federal Reserve) vem segurando os juros americanos entre 4,25% e 4,50% desde dezembro de 2024, em uma tentativa de levar a inflação americana de volta à meta de 2% ao ano, mesmo diante das incertezas trazidas pelas tarifas de Donald Trump.
✂️ Contudo, o Banco Central dos Estados Unidos já seu sinais de que chegou a hora de começar a reduzir essa taxa. E o primeiro corte é esperado para a reunião desta semana, que começa na terça (16) e termina na quarta-feira (17).
O presidente do Fed, Jerome Powell, admitiu a possibilidade de ajustar a política monetária no final de agosto, ao reconhecer um aumento dos riscos no mercado de trabalho. Afinal, o Fed tem um duplo mandato, de garantir a estabilidade dos preços e promover o pleno emprego.
E a situação parece ter se agravado desde então. Segundo o payroll, a economia americana criou 22 mil vagas de trabalho em agosto, um resultado bem menor que os 75 mil postos de trabalho esperados pelo mercado.
O resultado do payroll levantou até especulações sobre um corte de 0,50 dos juros americanos nesta semana. Contudo, as apostas voltaram a se concentrar em um ajuste de 0,25 pontos depois que a inflação americana surpreendeu e acelerou 0,4% em agosto.
De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, 96,4% do mercado americana acredita que o Fed fará um corte de 0,25 pontos dos juros americanos na quarta-feira (17), o que levará a taxa a oscilar entre 4,00% e 4,25%. Diante disso, a dúvida no mercado é sobre as projeções que serão apresentadas pelo Federal Reserve.
No momento, o Fed projeta dois cortes de juros em 2025, além de corte de 0,25 ponto percentual por ano em 2026 e 2027. Contudo, o mercado acredita que pode haver espaço para mais ajustes. Por isso, quer saber se o Fed confirma esse cenário.
O Copom (Comitê de Política Monetária) também se reúne nesta semana para discutir o rumo da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, que está em 15% ao ano.
🏦 A expectativa do mercado é de que a Selic fique onde está. Afinal, o BC (Banco Central) já indicou que os juros ficarão altos por um bom tempo, de forma a assegurar a convergência da inflação e das expectativas de inflação de volta à meta.
Ainda assim, os analistas estarão atentos ao comunicado do Copom após o fechamento de quarta-feira (17), pois novas pistas sobre o rumo dos juros podem aparecer no texto.
A dúvida, no momento, é até quando a Selic fica em 15%. Isso porque a maior parte do mercado acredita que a taxa só deve começar a cair em 2026, mas alguns analistas apontam para a possibilidade de um corte em dezembro.
A possibilidade de um corte da Selic ainda neste ano veio à tona diante da recente queda das expectativas de inflação. Contudo, perdeu um pouco de força depois da divulgação da inflação de agosto, que veio negativa, mas um pouco mais forte do que o esperado pelo mercado. Por isso, a expectativa pelos recados do Copom.
Antes da Super Quarta, também serão conhecidos outros dados importantes da economia brasileira.
📊 Como de costume, o Boletim Focus abre a semana do mercado, com as projeções dos analistas para indicadores como a inflação, os juros e o dólar.
Também na segunda-feira (15), o BC vai divulgar o IBC-BR (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) de julho.
Conhecido como a prévia do PIB (Produto Interno Bruto), o indicador dará uma pista do ritmo da atividade econômica brasileira no início deste terceiro trimestre. Logo, pode indicar se o ritmo de desaceleração visto no PIB do segundo trimestre continua.
Já na terça-feira (16), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a taxa de desemprego de julho, medida pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal).
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