Petrobras (PETR4) já perdeu mais do que a Prio (PRIO3) em valor de mercado
Estatal perdeu R$ 46,5 bilhões em dois dias, passando a ser avaliada abaixo dos R$ 500 bilhões.

A Petrobras (PETR4) já perdeu cerca de R$ 46,5 bilhões em valor de mercado desde a decisão do governo de trocar o comando da companhia. É mais do que o valor da segunda maior player do mercado na B3: a Prio (PRIO3).
📉 Com a mudança de gestão, o valor de mercado da Petrobras sofreu um baque de R$ 34 bilhões na quarta-feira (15) e encolheu mais R$ 12,5 bilhões nesta quinta-feira (16), segundo levantamento do CEO da Elos Ayta Consultoria de Mercado, Einar Rivero.
O baque acumulado de R$ 46,5 bilhões é maior do que o valor de mercado da Prio, que está avaliada em aproximadamente R$ 42 bilhões e desponta como a "petroleira júnior" mais valiosa da B3 atualmente.
A quantia ainda é mais do que o dobro do valor de mercado combinado das outras três petroleiras juniores da bolsa brasileira, que soma R$ 19,9 bilhões. Veja o valor de mercado de cada uma dessas companhias, segundo dados do Investidor10:
- 3R Petroleum (RRRP3): R$ 7,2 bilhões;
- Enauta (ENAT): R$ 6,6 bilhões;
- PetroReconcavo (RECV3): R$ 6,1 bilhões.
Abaixo dos R$ 500 bilhões
A perda dos últimos dias levou o valor de mercado da Petrobras para abaixo dos R$ 500 bilhões pela primeira vez desde o começo de abril, quando a companhia ainda enfrentava o efeito da crise do não pagamento de dividendos extraordinários.
De acordo com levantamento do CEO da Elos Ayta Consultoria de Mercado, Einar Rivero, a Petrobras era avaliada em R$ 542,9 bilhões na terça-feira (14), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu Jean Paul Prates e indicou Magda Chambriard para o comando da Petrobras.
💲 Esse valor, no entanto, caiu para R$ 508,9 bilhões na quarta-feira (15) e atingiu R$ 496,4 bilhões nesta quinta-feira (16). São R$ 70,5 bilhões a menos do que o recorde de mercado de R$ 566,9 bilhões alcançado em 19 de fevereiro, quando o mercado estava na expectativa pelos dividendos extraordinários de 2023.
O baque acumulado nos dois dias seguintes à troca de comando da Petrobras, no entanto, ainda é menor do que o sofrido no dia seguinte à notícia de que os dividendos extraordinários seriam retidos pela companhia. A Petrobras perdeu R$ 55,3 bilhões em valor de mercado em 8 de março e levou 42 dias para reverter o tombo.
Leia também: Petrobras (PETR4) teve 12 presidentes desde o 1º governo Lula, veja lista
Dividendos
Grande parte do baque visto nos últimos dias, contudo, também diz respeito aos dividendos da companhia. A avaliação do mercado é de que o governo terá mais poder sob as decisões da Petrobras com a mudança de gestão. Lula, por sinal, já pediu que Magda Chambriard acelere os investimentos que podem gerar empregos no país.
Mais investimentos, no entanto, podem impactar os valores que estarão disponíveis para remuneração dos acionistas. É que a Petrobras tem o compromisso de distribuir 45% do fluxo de caixa livre aos acionistas, sempre que a dívida bruta for igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no seu plano estratégico, atualmente de US$ 65 bilhões.
O fluxo de caixa livre corresponde ao fluxo de caixa operacional deduzido das aquisições de ativos imobilizados, intangíveis e participações societárias, ou seja, fluxo de caixa operacional menos investimentos.
Diante dessas dúvidas, as ações da Petrobras caíram mais de 6% na quarta-feira (15) e mais de 2% nesta quinta-feira (16). A ação ordinária da Petrobras fechou negociada a R$ 39,29 e a preferencial a R$ 37,31.

PETR4
PetrobrásR$ 31,18
-3,66 %
15,69 %
16.58%
5,19
1,01

Petrobras (PETR4) amplia operações na África
A estatal comprou uma participação em um bloco de petróleo em São Tomé e Príncipe.

Petrobras (PETR4): Investir no etanol de milho pode reduzir dividendos, diz JP Morgan
JP Morgan vê investimento de US$ 2,2 bi com retorno atrativo, mas aponta impacto de até 1,2% nos pagamentos aos acionistas.

Petrobras (PETR4) levanta R$ 10,814 bi no mercado internacional
Do total, US$ 1 bilhão vence em 2030 e outros US$ 1 bilhão em 2036.

Petrobras (PETR4) pode pagar até US$ 3 bi em dividendos em 2026, diz Itaú BBA
Para o banco, a flexibilidade no capex será determinante para a manutenção da Petrobras como uma das maiores pagadoras de dividendos da B3.

Estatais na boca do povo disparam e fazem a festa no Ibovespa
Principal índice da B3 se mantém acima dos 142 mil pontos, contando com seus pesos-pesados.

Petrobras (PETR4) traça novo plano para reduzir custo das subsidiárias
Companhia vai construir fazendas solares, que podem reduzir custo da energia em até 95%, de acordo com especialistas.

Petrobras (PETR4) na Foz do Amazonas? Lula diz que exploração vai acontecer
A região é considerada uma das novas fronteiras energéticas do país e já desperta atenção internacional pelo seu potencial.

‘Petrobras (PETR4) é vítima’, diz Bradesco BBI sobre informalidade dos combustíveis
Analista do banco de investimentos diz que a empresa tem perdido espaço para empresas menores